sábado, 25 de outubro de 2014

O Mundo transformou seus sonhos, garota?

               O complicado das expectativas é que elas nunca te satisfazem. Elas não são reais. Você sonha, você espera, mas nem sempre você alcança. É triste, eu sei. É triste você não ter a vida dos sonhos. É triste ver que ela não é toda perfeita como você desejava quando era apenas uma criança. Não, você não se tornou uma princesa da Disney ou alguma estrela do rock. Você é só você. Sem graça, sem adicionais, sem porquês. Mas a sua unicidade é o que torna você tão especial. O bom de você não ter se torado uma Cinderela é porque, de repente, você se tornou uma mulher real. De pele e osso. De qualidades e defeitos. De acertos e erros. De amores e desilusões. Aquele tipo de garota que pode passar da meia noite sem perder todo o seu encanto.

               E não, você não viveu uma história de amor fora do padrões. Ou, pelo menos, não por muito tempo. Sentimentos perfeitos duram pouco. Sentimentos reais são ainda mais intensos, porém, repletos de desavenças. E isso não é ruim, garota, não fique triste por não poder escrever um livro de sua vida com um maravilhoso "Final Feliz". Esqueça os clichês, o final feliz pode vir de diversas formas. Você se considera uma pessoa boa? Você concorda com suas crenças? Está satisfeitas com seus sentimentos? Se sente amada?
               Não espere daqueles que não são você. O que você ama, o que você acredita só cabe a si mesma. À mais ninguém. Deixa para lá. Viva a sua vida. Esqueça do que você esperava para você ou de você. Sonhe para frente, esqueça do que você gostaria de se tornar anos atrás. Você mudou, e o mundo transformou seus sonhos, garota... Lide com isso.

Seja uma princesa da vida real independendo dos clichês que  a Disney te impõe. Rock it, Girl!

domingo, 27 de julho de 2014

Change to Rock, baby (;

Em meio de gritos, suspiros e promessas, encontrei você. No começo, achei que nada ali duraria. Mas durou. E sabe, foi incrível me sentir como se eu pudesse te ter mesmo que ninguém mais aceitasse, permitisse... Eu te amei feito louca. Nossa história estava na contra-capa de meu livro que eu lia todos os dias para me certificar da tamanha força que eu tinha. Eu tive você. Eu enfrentei o inferno por você. Eu conquistei o meu sonho. O mundo então aceitou. 
 Mas de repente, tudo se transformou novamente. Agora o problema não era mais os outros, agora éramos nós dois. Quem tinha que nos aceitar éramos nós mesmos. E era aí que o problema realmente surgia, e tomava proporções preocupantes. Chorei por noites incontáveis. Afinal, destino, que peça afinal você tinha me pregado? Eu lutei tanto para no final perder tudo? 

 Vi você indo embora várias vezes. Culpei-me. Mas sabia que a nossa história era a mais linda de todas, porém, as melhores histórias tem um fim e, às vezes, um recomeço. Mas quando uma música acaba, quem vive em função da tecla “repeat”, deixa de escutar novas músicas... Vamos lá garota, existem milhares de músicas por aí, para que escutar sempre a mesma? Não persista, apenas siga...

Para o futuro, apenas sonhos que me libertem

Querida Juliana do Futuro,

Até onde vai os limites dos seus sonhos? Ultimamente venho temido demais o meu futuro. Tenho medo de ficar presa aos meus erros do presente, medo de não ser bem sucedida, medo de não me tornar aquilo que, durante toda a minha vida, estimei tanto. E acho que esse é um grande problema. Nós colocamos muitas expectativas em cima do futuro, achamos que ele será a solução de todas as imperfeições do presente, mas não é bem por aí.
Minha mãe sempre foi um grande exemplo para mim em relação a isso. Ela sempre quis ser uma professora, e tinha um talento absurdo para essa profissão. Qualquer pessoa que a visse, tinha a instantânea certeza que ela alcançaria seu sonho. Mas não foi bem por ai. Ela engravidou cedo e nem a faculdade de Pedagogia que seria a porta para os seus sonhos ela conseguiu concluir. Além disso, também odiou o curso, pois esperava algo totalmente diferente. Então, esse sonho não se tornou mais parte de sua realidade. E ela está bem sim, obrigada. Mesmo que o seu futuro não tenha sido exatamente da forma de que ela previu como ideal, ela encontrou um ponto de equilíbrio, e vive em harmonia com o que o destino lhe presenteou.
Portanto, de um tempo para cá comecei a pensar diferente. Sempre quis me tornar uma escritora, e ainda quero, é o maior objetivo da minha vida. Acho lindo o poder das palavras e a eternização que cada escritor tem dentro da literatura. É um desejo extremamente poderoso, que consome todos os meus "sonhos-de-travesseiro", sabe como é? Mas e se não for isso que irá me proporcionar a felicidade? E se não der nada certo? E se eu não tiver esse dom como todo mundo acha, como até eu mesma as vezes acredito que eu possa ter? Será uma frustração?
Nem sempre. As vezes, a gente precisa desapegar de alguns sonhos e insistir apenas em outros. Sonhos mudam com o tempo. Tudo há um limite, e meu limite é esse: Lutar para ser feliz tendo em vista o momento em que estou presenciando. Se em um ano o que me mantem feliz é lutar pelo meu sonho de ser escritora, perfeito. Se der certo? Perfeito. Realização de um sonho. Se não? Talvez outros sonhos apareçam, e eu conseguia alcançar a minha satisfação pessoal de outra forma. Talvez como empresária, veterinária, médica ou como simplesmente uma mãe ou dona de uma família. Não sei. Isso ainda me parece muito incerto, pois os meus sonhos ainda estão em uma fase onde eu não consigo me imaginar fazendo outra coisa do que expondo meus sentimentos e opiniões. Mas e amanhã? E se tudo mudar? E se...? E se...? Será que serei uma pessoa infeliz simplesmente por não ter alcançado um objetivo do passado? 
Para mim só existe uma resposta para este meu medo: Não deixar meus sonhos me aprisionarem. Permitir a eles o maior poder que eles me proporcionam: O da liberdade. Hoje, eu, Juliana, tenho 16  anos e pretendo utilizar minhas palavras como ferramenta de contato com o mundo. Não tenho pressa, mas é o meu maior objetivo, o que me mantem determinada. 


Mas e você, Juliana do futuro? Qual é o seu sonho agora? Espero que o mesmo que o meu, mas, caso não seja, tudo bem. Só me deixe orgulhosa.

Com carinho e curiosidade,
Juliana do presente





quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Regresso Humano


                 Temos o dinheiro, temos a ciência, temos a tecnologia, temos tanta coisa. Mas no final, tanta gente em busca do dinheiro direcionou tanto esse objetivo, que nos esquecemos do que realmente importa. A igreja começou a se aproveitar da nossa fé. De repente, Apple, Hollister, Abercrombie, Vans, Victor Hugo, Levis passaram a definir o quão importante você é, viraram ideal de vida de muita gente, só para serem aceitos perante a sociedade. A traição passou a ser algo entendível e cada vez mais aceitável. Nem nos amamos uns aos outros mais, tudo tem um limite, tudo tem um por que. A loucura parou de ter o real sentido para algo como: "Como sou louco, fumei uns três becks, traí minha esposa com três prostitutas, cai de tão bêbado e acordei num quarto de hospital. Uau, tenho uma vida memorável e divertida". Erros todo mundo comete, mas cometer erros passou a ser algo muito mais importante do que você se importar de verdade com as pessoas, ou com o que está acontecendo ao seu redor. Tantos jovens alienados, e tantos querendo dizer que sabem de tudo, sendo que o único motivo de ir contra o governo é a legalização da maconha. Acordem, a vida não é só o próximo capítulo da novela das sete ou se você vai ou não conseguir ir na próxima festa da sexta a noite. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

"Tão bom morrer de amor, e continuar vivendo" - Mario Quintana


Sempre tive um ideal de vida não-condizente com a realidade. Glorifiquei a amizade como a coisa mais importante do universo (o que não deixa de ser uma verdade, mas não absoluta). Sempre via maldade e futilidade  por todo canto que olhava, junto com uma coceira de “mudar o mundo” que eu sabia que seria quase impossível. E eu adorava saber que esse "quase" existia. Amava como eu tinha fé de que tudo de ruim iria para um lado, e tudo de bom, para o outro. Não acreditava na coincidência, sempre tinha uma teoria estranha sobre cada fato que acontecia na minha vida.
 Nunca dei importância ao amor. Sempre achei que eu não deveria buscar nada, e que as coisas iriam vir para mim no tempo certo. Confesso que já fui maldosa muitas vezes com quem me queria bem, e todos diziam que admiravam a minha indiferença... Eu nunca me importei com isso, e até as vezes até policiavam-os por acharem uma coisa tão essencial. Era simplesmente natural, algo que eu nem percebia, apenas era...
 E agora, olhando para isso, sinto saudade. Sinto saudade do meu orgulho, das minhas teorias de “se for para acontecer, virá naturalmente”, das minhas noites apenas escrevendo várias teorias sobre a vida.. A partir do momento que você se apaixona, parece que tudo isso vai desaparecendo. Você não se contenta apenas com o fato que "se for para ser, vai ser", você quer que seja, você quer que tudo dê certo. Sua segurança, sua serenidade e paciência vão embora. Você começa a ter medo, medo de qualquer coisa que possa acontecer daqui a frente. Parece que tudo o que você tinha de tão atraente, como a segurança, foi embora junto com tanta gente que você achava que ficaria do seu lado para sempre. Eu me perdi. Me perdi na minha antiga personalidade, no meu antigo jeito se ser e de pensar.  E o pior de tudo? Até as minhas tão amadas teorias sobre o universo pararam de fazer sentido. E sabem porque? Porque amar é isso. 
 Amar é ligar chorando para a pessoa amada por medo perdê-la. É fazer coisas irracionais, correr na chuva, fugir do mundo e perder a hora. É ficar horas apenas os olhos amados e não conseguir imaginar nada mais belo... Amar é você perder o controle de toda a sua vida, e, apesar disso, ser a melhor, e a pior coisa coisa que poderia ter acontecido na sua vida.